A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), foi submetida à crítica do professor e vereador José Batista da Gama do PDT, durante a Reunião Plenária desta quinta (14). Em discurso no grande expediente da Câmara Municipal de Petrolina, o parlamentar considerou que a Compesa tem prestado um desserviço à população petrolinense e cobrado altas taxas.
Relembrando aos colegas de parlamento um fato histórico datado em 4 de abril de 2003, quando a Casa de Leis era presidida pelo então vereador Ruy Wanderley (PSC), Zé Batista ressaltou que a Câmara criou uma comissão suprapartidária que visitou 3 estados brasileiros- Espirito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro, para constatar a eficiência dos serviços na gestão da água e esgotamento sanitário dos referidos estados. A ideia segundo o vereador era que tais serviços servissem de modelo para Petrolina.
De acordo com o pedetista, o prefeito de Petrolina a época era Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) atualmente Senador da República, que defendia a ideia de repor ao município o direito a concessão do serviço de água, e o governador Jarbas Vasconcelos também não queria que a Compesa voltasse a Terra dos Impossíveis. Para isso, contratou uma consultoria para que essa empresa fosse privatizada.
“Desde 2003, que existe essa queda de braço entre o município de Petrolina e o Estado de Pernambuco. Mas isso só existe, porquê existe um confronto político”.
Em outro momento do discurso Zé Batista apresentou papeis de contas de água em Petrolina, afirmando que os clientes da Compesa pagam em 10 m³ (metros cúbicos) de água o valor de R$ 41,30, mas segundo ele, na cidade vizinha em Juazeiro-BA, a população paga pela mesma metragem R$ 21,48, ou seja, 50% do valor cobrado em Petrolina.
“Isso é assalto é um roubo, por que com é que a mesma água do rio São Francisco em Juazeiro você paga R$ 21,48 em 10m³ e em Petrolina na mesma água e rio você paga quase 42 reais”, concluiu o parlamentar durante a 3ª sessão Legislativa da Câmara de Petrolina em 2019.