Os vereadores da base aliada do governador Paulo Câmara, PSB, na Câmara de Petrolina, Adalberto Bruno Filho (Betão), do PSL e Maria Elena Alencar, PSB, bateram forte no governo na sessão desta terça-feira, 8. O mote foi a falta de atenção de Câmara com a segurança pública do município, o mais populoso do sertão pernambucano.
O vereador disse que chegou a presenciar uma tentativa de homicídio na semana passada, em plena orla da cidade, local de grande movimentação e num horário relativamente cedo e que passou sua preocupação de casos de violência como esse ao governador e ao secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho.
As críticas dos vereadores foram direcionadas ao governador, porque ele que iria encaminhar 50 policiais para reforçar o policiamento de Petrolina, reduziu para 40 homens. Para Betão que é defensor de um novo batalhão para a cidade, se 50 já era insuficiente, 40 será um “engodo”. Ele frisa que Caruaru, no Agreste, receberá quase 300 policiais.
“O Batalhão vai perder 30 policiais, então no fundo Petrolina terá apenas 10 novos PMs, um engodo para quem trabalhou para eleger um governador e ainda convenci amigos, gente da minha comunidade a votar nele também acreditando nessa proposta de melhoria na nossa segurança. Me sinto desamparado por um governo em que votei”, lamentou Betão.
A vereadora Maria Elena também reclamou da redução do números de policiais para a cidade e reforçou as críticas de Betão ao governo aliado de ambos.
“Petrolina não aceita essa redução no número de policiais. Precisamos que os órgãos de segurança pública fechem o cerco contra o avanço da violência em nossa cidade”, alertou a socialista, se referindo especialmente ao aumento de feminicídios (assassinatos de mulheres) no município.
Elena vai levar, inclusive, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara para discutir medidas de proteção às mulheres petrolinense numa audiência que articula para a próxima semana com Paulo Câmara. A cidade já conta com cinco assassinatos contra mulheres este ano, número de todo o ano de 2014.
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