Aparelhos de celular “xing-ling” estão com os dias contados

Por Ricardo Banana
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Eles custam 75% menos do que os originais e muitos ainda dão ao usuário a possibilidade de utilizar até quatro chips simultaneamente. Fáceis de encontrar no comércio da Região Metropolitana do Recife (RMR), seja em bancas de camelô ou em lojas de eletroeletrônico, os celulares piratas, também chamados de “xing-lings”, estão com os dias contados. As operadoras de telefonia móvel e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estão trabalhando pa­ra combater o uso desses aparelhos. Já no próximo ano, deverá começar a funcionar um sistema que bloqueará o funcionamento dos equipamentos que não tiverem certificação do órgão regulador.

O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) está desenvolvendo uma tecnologia que fará a identificação do celular quando for inserido o chip. Durante a ativação do usuário, a prestadora será capaz de fazer a leitura de um número de série do terminal, conhecido como Imei. Se o aparelho não for homologado, não ocorre a habilitação imediata e o usuário será encaminhado para atendimento diferenciado pela operadora. A medida funcionará, num primeiro momento, para novas habilitações. A expectativa é que os celulares sem homologação que já estejam em funcionamento passem por um processo natural de substituição.

A novidade não agradou nem um pouco a comerciante Leila Silva, 32 anos. Há três anos ela vende aparelhos de origem chinesa dentro de uma ótica no bairro da Boa Vista, Centro do Recife. Com preços que variam entre R$ 80 e R$ 250, Leila garante que a venda dos celulares só vem aumentado mês a mês. “Vendo muito, não sei nem dizer uma média. As pessoas têm preferido cada vez mais os xing-lings porque eles oferecem as mesmas ferramentas, como câmera e acesso a internet, por um preço me­nor”, afirmou.

O SindiTelebrasil defende que a implantação da nova tecnologia trará uma série de benefícios para os usuários e para o País, colaborando, por exemplo, para o desenvolvimento da indústria, fortalecendo o mercado formal de aparelhos certificados e ampliando, consequentemente, a arrecadação do País. O sindicato espera também que a medida reduza problemas para os usuários, como dificuldades de fazer ligações e queda de chamadas, além de ampliar as garantias do consumidor.

Fonte: Folha-PE

 

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