O Blog do Banana está solidário com a luta da professora universitária, Amanda Figueroa, que na última sexta-feira, dia 1°, foi brutalmente agredida pelo ex-namorado, Teócrito Amorim. Amanda disse a reportagem do Blog que não foi a primeira vez que foi agredida e reafirma que até hoje não sabe direito o que aconteceu. O seu caso virou símbolo para que ações de proteção à mulher no município aconteçam de fato.
“Estou nessa caminhada não só por causa do meu problema, mas de uma forma coletiva. Temos tentado levantar essas questões de violência contra a mulher. A nossa briga é para conseguirmos o plantão 24 horas da Delegacia da Mulher, ações voltadas para a nossa proteção e muita coisa que a gente não tem aqui e que precisa”, relatou Amanda.
Sobre o atendimento na Delegacia da mulher, Amanda Figueroa alerta que deve melhorar. “Não tive uma experiência muito boa não na primeira vez que precisei da Delegacia da Mulher aqui em Petrolina, não tive muito sucesso. Agora desta vez os policiais agiram rápido e a Delegacia também, pegou logo os depoimentos e fez os encaminhamentos necessários, mas é o meu caso e por isso não dá pra avaliar direito. Hoje a gente sabe que tem muita coisa que ainda precisa ser feita, precisa avançar muito em relação a essas questões e a gente tem cobrado do poder publico exatamente isso”, frisou a professora.
A vítima conta como o fato aconteceu. Ela disse que estava em sua casa, no Loteamento Parque Padre Cícero, zona norte da cidade, tomando banho. A filha dela foi quem abriu o portão quando ouviu Téocrito Amorim bater. Conforme Amanda ele chegou inclusive acompanhado da filha de apenas 7 anos. “Estava na minha residência, tomando banho e ele já chegou gritando e me agredindo. Fingi que tinha desmaiado para que não ocorresse o pior”, relata a professora que já tinha sofrido outros tipos de violência do ex-companheiro.
Amanda deixa uma mensagem otimista e de coragem a todas as mulheres que tiverem sofrendo algum tipo de violência domestica. “Eu queria que na verdade as mulheres entendessem que a gente tem lutado durante anos para ter igualdade social. Avançamos em muitas questões e retrocedemos em outras. As mulheres precisam realmente buscar denunciar, se defender. Buscar acima de tudo apoios para diminuir os casos de agressão. Sofri varias agressões psicológicas, morais e eu suportei todas elas e esperei as coisas chegarem nesse ponto para poder tomar uma atitude, então o que digo é, ao primeiro sinal de violência, quando você se sentir agredida, moralmente, fisicamente ou psicologicamente, afaste o agressor, denuncie”, finaliza Amanda Figueroa.
