A sessão antecipada da Câmara de vereadores de Petrolina, desta segunda-feira (5), foi recheada de embates em torno da votação das emendas feita a Lei Orçamentária Anual do município (LOA). Chamou atenção dos vereadores opostos as mudanças orçamentárias, a emenda que acrescenta de 20% para 40% o valor do remanejamento orçamentário do poder executivo a partir de 2017.
Em uma sessão tumultuada com discursos acalorados, os parlamentares aprovaram por 17 votos as alterações.
A vereadora Cristina Costa (PT) disse que a suspensão do projeto da LOA solicitada pelo vereador Pérsio Antunes (PV) na sessão da ultima quinta-feira (1º), configura uma manobra da bancada da situação para beneficiar o prefeito eleito Miguel Coelho.
“No intuito de dizer que estavam pensando na área irrigada na cultura, a ideia era tumultuar a votação e suspender o projeto para mudar um artigo que não pode! A LDO é que define o percentual que a gente dar de remanejamento para o prefeito”, destacou. Cristina considerou ainda que a aprovação das emendas é um desrespeito aos trabalhos do legislativo, “ aí Osório, pensando no grupo dele quer introduzir de goela a baixo, e fazer a gente desrespeitar e rasgar o regimento e a lei orgânica do município e isso eu não aceito”, disse.
O vereador Osório Siqueira, que presidente a mesa diretora da Casa Plínio Amorim, rebateu: “O que nós aprovamos está tudo dentro da legalidade e as emendas são aprovadas pelas comissões, ou seja, as comissões deram um parecer complementar, que foi anexada a outras emendas 175 com mais 12 no total 187 emendas. Então foram as comissões que aprovaram e não o presidente da Câmara”, afirmou o presidente.
Com as alterações ao projeto da Lei Orçamentária Anual, para o exercício financeiro em 2017, as áreas irrigadas de Petrolina terão R$ 6 milhões disponíveis.
A emenda que altera de 20% para 40% é de autoria do vereador Ibamar Fernandes (PRTB) que integra a bancada da situação. Para ele, com o remanejamento orçamentário, o prefeito Miguel Coelho (PSB) irá realizar mais obras em outras áreas da cidade, mas para vereadores oposicionistas, o gesto é um cheque em branco nas mãos do novo gestor.
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