Dois médicos são presos sob suspeita de usar botox ilegal

Por Ricardo Banana
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Dois médicos foram presos em Pernambuco sob suspeita de uso de toxina botulínica ilegal em seus pacientes. O produto –mais conhecido como botox– é utilizado para tratamentos estéticos. As prisões aconteceram em Recife e em Caruaru.

Quatro supostos distribuidores da substância também foram presos. Um em Pernambuco, dois em Minas Gerais e outro na Paraíba. A Polícia Federal não revelou o nome dos detidos, que já foram encaminhados para presídios locais.

uscas também foram feitas em São Paulo, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Piauí, mas ninguém foi preso nesses Estados.

Em Recife, policiais e agentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) encontraram frascos da toxina sem indicação de origem –o que é irregular– num consultório médico em Boa Viagem, bairro nobre da cidade. O responsável foi preso em flagrante.

As investigações da operação Narke começaram há nove meses. A PF ainda investiga a origem do medicamento. Há suspeita de que ele venha de fora do país.

De acordo com o delegado Humberto Freire, coordenador da ação, a toxina botulínica irregular era distribuída a partir de São Paulo e Minas Gerais para fornecedores em Pernambuco e na Paraíba, até chegar aos médicos. Ele suspeita que o esquema aconteça há cinco anos.

A toxina botulínica clandestina era vendida por até R$ 400, enquanto a legal chega a custar R$ 1.000.

“O menor risco é a ineficiência do produto, podendo chegar a problemas como gangrena, abertura de úlceras e deformidade”, disse o delegado.

Ele explicou que os pacientes têm que saber do médico a marca e a origem do medicamento e pedir para ver a documentação da compra.

Para a operação, a PF conta com 23 mandados judiciais em oito Estados. A polícia afirma que os envolvidos responderão por crimes contra a saúde pública, contrabando e formação de quadrilha.

Se condenados, os suspeitos podem pegar até 15 anos de prisão. A polícia ainda pretende ouvir outros 66 médicos e esteticistas nos Estados alvo da operação.

Fonte: Uol

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