O deputado estadual Odacy Amorim que conquistou a primeira suplência para a Câmara Federal na coligação do PT em Pernambuco, deverá ser o grande articulador das eleições municipais no campo das oposições, daqui há dois anos em Petrolina. O pleito no município virá com novidade: o segundo turno.
Apesar de não lograr êxito para o seu primeiro mandato como deputado federal, Odacy pode muito bem encarar essa derrota como vitória. Além de poder assumir o mandato, ou uma pasta na estrutura do governo estadual, já que o PT voltou a ser aliado do PSB e foi importante para a reeleição do governador Paulo Câmara, Odacy conseguiu eleger a esposa, a deputada eleita Dulcicleide Amorim, PT, para a Assembleia Legislativa.
Ele também ateu todos os seus adversários em número de votos em Petrolina, seu principal reduto político, e Também aguarda o desfecho da disputa presidencial que pode lhe assegurar ainda mais cacife político no município caso Fernando Haddad, do PT, seja eleito.
Dos 40.050 votos obtido por Odacy dia 7, primeiro turno das eleições 2018, pelo menos, mais de 30 mil o petista conquistou só em Petrolina. Com essa votação, Odacy ficou à frente dos deputados federais reeleitos Fernando Filho, DEM, e Gonzaga Patriota, PSB, reeleitos; de Lucas Ramos, PSB, também reconduzido ao mandato na Alepe; e do ex-prefeito Julio Lossio que apesar de estar numa disputa majoritária, ficou atrás do petista na preferência dos votos dos petrolinenses.
A interpretação que se faz é que no maior colégio eleitoral do Sertão, a bola da vez é Odacy Amorim. Para isso, ele deverá buscar apoio das forças democráticas que formam a oposição em Petrolina. Vale incluir nesse grupo o vereador Gabriel Menezes, PSL, com seus mais de 14 mil votos, se saindo fortalecido para uma disputa majoritária também na ‘capital do sertão’.
Vale lembrar que o cenário de 2020 poderá ser de dois turnos, portanto, nada impede que essas forças venham se juntar. E nessa união, independente de quem seja o candidato do segundo turno, o importante é que essas forças marchem unidas, e Odacy poderá conduzir e costurar os cenários. Quem viver, verá. (Fotos: João Quesado-divulgação)