Energia eólica deve superar a gerada por usinas nucleares no mundo até 2020

Por Ricardo Banana
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O avanço do vento no mundo é irresistível. Limpa e barata, a eletricidade de origem eólica já equivale à produzida por 280 reatores e em breve passará à frente da energia nuclear no mundo.

A importância da energia eólica cresce rapidamente em todo o mundo. Na Espanha e na Dinamarca, o vento é a fonte de 20% da eletricidade. Na Alemanha, essa percentagem é de 10% e, segundo os prognósticos, até 2020, será de 20% a 25%.

Segundo a Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA, na sigla em inglês), no ano passado foram construídas novas centrais eólicas perfazendo 40 gigawatts (GW) de energia produzida. Com isso, o total da energia ambientalmente correta em todo o mundo chegou a 237 GW no final de 2011, o equivalente ao desempenho de 280 reatores termonucleares.

Números respeitáveis, considerando-se que atualmente há cerca de 380 reatores desse tipo fornecendo energia. O prognóstico leva em conta a tendência de desligamento de usinas nucleares, o que deve reduzir a parcela de contribuição desta fonte no fornecimento mundial de energia.

Muito mais vento até 2020

A expansão da energia eólica em escala mundial avança a passos largos. A cada ano, o número de aerogeradores cresce 20%. A WWEA estima que até 2020 o volume energético gerado pelo vento irá quadruplicar, chegando a mais de mil gigawatts.

A China é o país que mais promove esse avanço: de lá vem quase a metade de todas as turbinas produzidas em 2011. O país é líder no setor de energia eólica, seguido por Estados Unidos e Alemanha. No entanto, em relação ao número de habitantes e à participação do vento perante outras fontes de eletricidade, nações da União Europeia como a Dinamarca, Espanha e Alemanha seguem sendo as campeãs. Na China, a parcela da energia eólica no abastecimento nacional gira em torno de apenas 3%.

Embora seja favorável ao meio ambiente e ao clima, o sucesso da energia eólica em escala global se deve, sobretudo, ao fato de ser a opção mais barata. Stefan Gsänger, diretor geral da WWEA, calcula entre cinco e nove cents de euro o preço de um kilowatt/hora de eletricidade produzido nas usinas modernas em terra. Em comparação, o mesmo volume de energia produzido em usinas modernas de carvão mineral custa cerca de sete cents na Europa.

Fonte: UOl

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2 comentários

harukinha 2 de maio de 2012 - 12:40

Nao creio que a energia eolica seja a solucao; um gerador eolico eficiente fornece em media 1000kw ou seja, 1MW, ja uma usina termoeletrica a gas natural, hoje com eficiencia de 60% fornece em media 700MW cada um, bem proximo de um reator nuclear (1000MW);
ja imaginou 1000 cataventos para fornecer a mesma quantidade de energia de uma turbina a gas natural! creio que o caminho certo, seria a utilizacao das usinas termoeletricas a base de gas natural LNG (Simens, GE, Toshiba Mitubishi), pois sao muitos eficientes, a contrucao sao bem rapidas 10 meses em media; baixa emissao de co2 e demais poluentes. O gas natural, shale gas tem uma previsao acima de 300 anos de exploracao, sendo encontrados jazidas em todo canto do mundo, principalmente nos EUA, fora baixo preco no mercado internacional que, chegou proximo a 2$ por pes cubicos (28 litros), por isso muitos paises estao voltados para esse tipo de usinas.

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Mauricio Dantas 30 de abril de 2012 - 23:23

Com tanto sol e vento que temos no Nordeste ainda tem politico “burro” apoiando a construção de usinas nuclear aqui! Será que eles querem ganhar “algum por fora” com os milhões que serão gastos numa obra cara e perigosa como essa?

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