Entendendo o programa saúde da família

Por Ricardo Banana
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Focada no primeiro nível de atenção no SUS, o Programa Saúde da Família é um importante instrumento de saúde utilizado na estratégia de prevenção de doenças.

Tem dúvidas sobre o funcionamento desse instrumento? Neste artigo vamos te explicar tudo. Confira!

Qual é o público prioritário?

Primeiramente, é preciso entender que o Ministério da Saúde delimita um número de pessoas a serem atendidas por uma única sede – até 4 mil pessoas, como já afirmamos. Esse número vai variar de acordo com a situação em que a região se encontra, ou seja, se vivem em condições normais de saúde ou se passam por alguma endemia ou outros problemas de vulnerabilidade.

A regra é que quanto maiores forem os riscos das famílias daquela localidade, menor a quantidade de indivíduos por grupo de especialistas. Isso é estabelecido para um atendimento prioritário e mais efetivo.

Entre o público atendido, no entanto, existem as prioridades. No topo da lista, as crianças. Os profissionais devem trabalhar para evitar e sanar carências nutricionais, organizar a carteira de vacinas, identificar patologias e fazer os encaminhamentos devidos, além de medicar e acompanhar todo seu desenvolvimento.

Os idosos também devem ter vantagem no atendimento, que devem constar acompanhamento de doenças já estabelecidas, cuidados com patologias, prevenção de problemas como hipertensão, diabetes, catarata, osteoporose, entre outros.

Depois, são as mulheres que devem ser atendidas, considerando sempre qual a sua situação familiar, com o intuito de prevenir DST’s, câncer de mama ou colo de útero e doenças crônicas. E por fim, os homens, que também receberão o tratamento adequado para quaisquer reclamações sobre sua saúde e informações para a manutenção da mesma.

E é justamente a informação que deve se tornar a chave do atendimento do Programa Saúde da Família. Isso por que é através dela, seja por meio das visitas de agentes comunitários, das atividades desenvolvidas na comunidade ou de cartazes e periódicos divulgados à população, que o projeto conseguirá atingir suas expectativas mais rapidamente e terá seu trabalho ainda mais respeitado.

Sem sombra de dúvidas o conhecimento em muitos cursos online na área da saúde lhe auxiliarão a se aproximar ainda mais de seu público e atender com mais destreza.

Quais as barreiras enfrentadas?

Para ser implantado, o Programa Saúde da Família depende, antes de mais nada, da decisão política da administração municipal. Esta, deve submeter a proposta ao Conselho Municipal de Saúde e trazer o assunto à tona para ser debatido com as comunidades.

Definindo a possibilidade de colocar o projeto em prática, o Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais de Saúde se unirão para conferir o apoio necessário. É preciso seguir o passo a passo burocrático para poder conectar um serviço como este em unidades de saúde, sendo ele:

  1. identificar as áreas prioritárias para a implantação do programa; mapear o número de habitantes em cada área;
  2. calcular o número de equipes e de agentes comunitários necessários;
  3. adequar espaços e equipamentos para a implantação e o funcionamento do programa;
  4. solicitar formalmente à Secretaria Estadual de Saúde a adesão do município ao PSF;
  5. selecionar, contratar e capacitar os profissionais que atuarão no programa.

Sem concluir todos estes procedimentos, dificilmente o projeto de estratégia de saúde da família será aceito e poderá ir para a frente. Portanto, é imprescindível estar por dentro de todas as diretrizes a respeito desse sistema.

Profissionais, estudantes e demais interessados em aprender sobre essa pauta em cursos a distância podem se beneficiar com um curso saúde da família. Ele conta com inúmeros tópicos, incluindo o que exibe as regras para a implantação do programa no Brasil.

Conhecer mais sobre a burocracia do sistema de saúde brasileiro também vai ajudar a entender como é complicado dar prosseguimento e concluir atendimentos. O excesso de normativos e a falta de investimentos se apresentam como algumas dificuldades. Por inúmeros problemas políticos, os recursos acabam ficando escassos, culminando em filas quilométricas, unidades sem estrutura e claro, com falta de profissionais.

Podemos citar como exemplo os programas de saúde da família implementados em Porto Alegre (RS). Segundo o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), mesmo as equipes em atuação são muitas vezes desfalcadas de médicos, comprometendo o atendimento. “A própria figura do médico generalista é insuficiente. As equipes teriam de ser reforçadas por especialistas para agilizar o serviço”, diz Clarissa Bassin, diretora da organização.

Nesta via, é possível perceber o quão importante é a formação adequada de profissionais para oferecer esse tipo de atendimento. Além da graduação e especialização, é essencial continuar se qualificando para se diferenciar e dispor da mão de obra perfeita para ajudar a comunidade.

Médicos, enfermeiros, auxiliares, agentes comunitários, etc, devem procurar meios seguros e eficientes de conhecimento para aproveitar o grande momento deste mercado, como os cursos online com certificado, que além de tudo são práticos e econômicos.

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