Hospital Dom Malan sedia Curso para Habilitação Médica no Diagnóstico de Morte Encefálica

Por Ricardo Banana
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O Hospital Dom Malan sediou, no último sábado (30/04), o “Curso para Habilitação Médica no Diagnóstico de Morte Encefálica”, promovido pela Delegacia Regional de Petrolina do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (CREMEPE), em parceria com a Organização de Procura de Órgãos do HDM e Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE).

O curso, exclusivo para profissionais médicos com experiência mínima de 1 ano com paciente em coma, habilitou 15 profissionais nesta última edição. “Realizamos esse curso praticamente todos os anos com o objetivo de formar profissionais aptos a dar o diagnóstico de morte encefálica. Desde 2017, com a publicação da Resolução 2.173 do Conselho Federal de Medicina (CFM), somente médicos especificamente capacitados podem realizar este diagnóstico. Vale lembrar que apenas na situação de falecimento por Morte Encefálica é possível acontecer a doação de Órgãos por parte dos familiares”, esclarece a enfermeira gerente da OPO, Évora Leal.

De acordo com a enfermeira, é preciso estimular os profissionais sobre o importante papel que desempenham no processo de doação de órgãos, desde o diagnóstico da morte, passando pelos cuidados médicos de manutenção dos órgãos até o delicado momento de conversar com os familiares sobre a morte. “Todas essas etapas precisam acontecer para viabilizar a doação”, reforça.

O curso possibilita que os médicos sejam habilitados para oferecer o diagnóstico preciso e inequívoco da Morte Encefálica,  bem como aspectos éticos e legais que permeiam todo o processo da morte e doação de órgãos e por fim a comunicação com familiares de forma efetiva e de qualidade a despeito de situações críticas como a morte Encefálica .

“O objetivo é capacitar o profissional médico neste diagnóstico de Morte, que é direito do paciente e familiares. Isso reflete na qualidade da assistência prestada nos hospitais de Petrolina, possibilitando a notificação compulsória dos casos de morte encefálica ao estado e, consequentemente se possível, no número de doações e transplantes”, finaliza.
A doação de órgãos é um processo totalmente seguro e legal. A doação só acontece por autorização da família, após confirmação inequívoca do falecimento pelo diagnóstico de morte encefálica, estabelecido em legislação através de exames clínicos e de imagem que compõem o protocolo de ME. Cada doador pode salvar pelo menos de 4 a 5 vidas, e esse é um grande gesto de generosidade.

Anna Monteiro

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