Investigadores fazem reconstituição de assassinato em escola de Petrolina

Por Ricardo Banana
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Nesta terça-feira (8) a polícia realizou em Petrolina, no Sertão Pernambucano, os trabalhos preliminares de reconstituição do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, morta em uma escola particular em 2015.

Durante a tarde, o movimento foi intenso nas proximidades do colégio Nossa Senhora Auxiliadora. Parte da rua Antônio Santana Filho foi interditada pela Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina (AMMPLA). Policias Civis também estavam na área, onde foram feitos vídeos, colhidos materiais para o inquérito, além da simulação de algumas cenas do caso.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) autorizou que Marcelo da Silva, preso pelo assassinato de Beatriz Mota, participe da reconstituição do crime até o sábado (12). Apesar disso, o suspeito não estava presente no local nesta terça.

O envolvimento de Marcelo da Silva na morte da criança foi comprovado em janeiro deste ano, através de exames de DNA. O material genético dele foi encontrado na faca usada para assassinar a menina.

Durante a perícia, alguns figurantes participaram da ação e a cena onde o suspeito de matar Beatriz tenta furtar uma moto, perto do portão lateral do colégio foi reconstituída. Junto com a polícia científica, a delegada Isabela Pessoa, que atua na Polícia Civil de Petrolina, também participou dos procedimentos periciais, que até então não tinham previsão de serem encerrados.

Em nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que a força-tarefa responsável pelo caso continua trabalhando no inquérito, que está sob segredo de Justiça e, por isso, não serão dadas informações, etapas e detalhes das investigações. Com relação ao indiciado, Marcelo da Silva não serão fornecidas informações por questões de segurança.

O anúncio da autoria do crime ocorreu seis anos, um mês e um dia depois do assassinato da menina Beatriz.

Também aconteceu 15 dias depois que os pais da garota percorreram mais de 700 quilômetros a pé, entre Petrolina e o Recife, para pedir justiça.

A peça-chave para o esclarecimento do caso foi a faca usada no crime. Os peritos coletaram o DNA no cabo da arma, deixada no local do homicídio. As amostras estavam misturadas ao sangue de Beatriz.

O DNA de Marcelo da Silva já estava no banco genético do estado desde 2019, quando foi feito um mapeamento de criminosos condenados.

 

Blog Ricardo Antunes

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