Jogadores do Flamengo avisaram que não treinarão com preparador que deu um soco no atacante Pedro e pedem saída do agressor

Por Ricardo Banana
A+A-
Reset
O elenco do Flamengo continua indignado com o que ocorreu com o atacante Pedro que foi agredido nos vestiários após a vitória do rubronegro na noite deste sábado, 29, contra o Atlétio Mineiro por 2 x 1 em Belo Horizonte.
Pablo Fernández, argentino auxiliar do treinador Jorge Sampaoli, deu um soco na boca do atacante flamenguista, após reclamar com Pedro sobre atividade do jogo dentro de campo, dizendo que o atleta deveria ter mais respeito com o trabalho.
Pedro respondeu, segundo a Goal, dizendo que a comissão técnica é que deveria ter mais respeito com ele. A resposta do preparador que pelo jeito de preparado não tem nada, foi um soco na boca do jogador.
Pedro prestou Boletim de Ocorrência ainda na capital mineira. Os colega do atacante já avisaram a diretoria que não treinarão nesta segunda, 31. com o preparador agressor do clube.
ENTENDA O CASO
foto divulgação Atlético Mineiro do Estado Independência, palo da agressão do preparador do Flamengo em Pedro
A agressão do preparador físico Pablo Cándido Fernández, integrante da comissão técnica de Jorge Sampaoli, ao atacante Pedro, do Flamengo, deixou o ambiente do clube ainda mais conturbado. Conforme a GOAL que teve acesso ao passo a passo do ocorrido no vestiário da Arena Independência, o centroavante  estava conversando com familiares ao telefone quando foi interpelado por preparador físico do Flamengo, Pablo Fernández.
Pedro registrou Boletim de Ocorrência à 00h35 (de Brasília), deste domingo (30), em uma delegacia da região leste de Belo Horizonte, localizada nas proximidades do estádio que sediou a partida. Ele teve o zagueiro Pablo, o volante Thiago Maia e o atacante Everton Cebolinha como testemunhas e teve constatada lesões na boca e na face do lado direito.
O episódio teve início no vestiário da Arena Independência. Na ocasião, Pedro estava ao telefone celular com familiares, quando foi interpelado pelo preparador físico flamenguista, Pablo Fernández.
O integrante da comissão de Jorge Sampaoli o abordou com o dedo em riste e o cobrou por não se aquecer com os demais companheiros. A alegação do argentino é que esta era uma falta de respeito do atleta com os profissionais do corpo técnico.
Durante a cobrança, Pablo Fernández acertou o rosto de Pedro com três tapas e foi contido pelo jogador. Na sequência, ele desferiu um soco contra o rosto do atleta.
Pedro teve lesões constatadas na boca e na face do lado direito. O atleta denunciou o preparador físico Pablo Fernández contra lesão corporal, conforme apurado pela reportagem. O inquérito ainda não foi concluído e permanece em aberto na Polícia Civil de Minas Gerais.
SAMPAOLI SE PRONUNCIA, MAS DE FORMA NEUTRA
A postura de Jorge Sampaoli diante do ocorrido será determinante para que trabalho seja ou não mantido No Flamengo. Direitoria se reúne neste domingo, 30, com o treinador. O preparador fisico e agressor de Pedro, Pablo Fernandez, no entanto, será desligado do clube.
A decisão já está tomada, e caberá ao treinador argentino apoiar a saída de seu fiel escudeiro de longa data ou sair junto com ele, conforme a GOAL
Em uma de suas redes sociais, Sampaoli se pronunciou sobre o ocorrido, mas nem de longe se colocou contra uma agressão a um trabalhador:
Confira:
Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol. Ao longo da minha carreira, vi tantas lutas e elas sempre me deixaram com uma sensação de vazio. O que aconteceu ontem me deixou muito triste. Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas neste momento não importam.
A história me mostrou que a única solução é a conversa. Mesmo quando errei ou vi o erro dos outros. Eu tenho fé na palavra. Que é uma forma de ter fé no ser humano. Porque a violência nos separa e a conversa nos une.
Quando eu era criança e comecei a jogar futebol, as brigas dentro e fora do campo eram muito comuns. Assim como muitas coisas no mundo mudaram para pior, algumas mudaram para melhor. A violência é menos aceita a cada dia como forma de resolver as coisas. É uma transformação que levará tempo. Não será de um dia para o outro. Todos nós temos o direito de cometer erros. Porque temos a possibilidade de nos transformarmos. Para ser melhor.
Eu sou o condutor desta equipe. Me dói muito quando dois colegas de trabalho brigam. Mais do que a violência. Os treinadores não se dedicam apenas à tática e à preparação dos futebolistas. Acima de tudo, trabalhamos para gerir grupos. Tentamos melhorar e cuidar das pessoas.
Não tenho dormido pensando em como ajudar Pedro e Pablo. Sei que vocês dois tiveram uma noite horrível. E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar. Para nos mudar Para unir. Para ser melhor. E colocar o Flamengo no topo.

 

 

Related Posts