Juazeiro: Justiça Federal e CODEVASF querem reintegração de posse de área produtiva na Ocupação Abril Vermelho no Projeto Salitre

Por Ricardo Banana
A+A-
Reset

Um grupo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com  cerca de 500 famílias, que ocupam 1700 hectares em produção, estão temerosos com o possível cumprimento de mandato de reintegração de posse da área da Ocupação Abril Vermelho no Projeto Salitre, especificamente, na área do junco da zona rural de Juazeiro – BA. A ação foi impetrada pela direção da CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba) de Juazeiro, que, segundo os agricultores, mostra-se intransigente e não quer abrir um diálogo para resolver o impasse. O movimento  tentou um diálogo por meio de uma Audiência Pública, mas os representantes da CODEVASF não compareceram.

Esse movimento, que está em constante vigília de forma pacífica e alternada, pede sensibilidade do poder público para negociar a área de forma amistosa e sem prejuízos para ambas as partes, pois as famílias querem oportunidade para continuar trabalhando de forma independente. Hoje, a área em questão é responsável pela geração de 6 mil empregos diretos e com faturamento anual médio na ordem de 20 milhões de reais, o que garante a sustentabilidade econômica e social do “Abril Vermelho” e aumenta o PIB da região do Vale do São Francisco.

Na manhã desta terça (10), o blog esteve na localidade para ouvir os ocupantes da área no Projeto Salitre e saber quais encaminhamentos deverão ser tomados para evitar o cumprimento da reintegração de posse e para impedir a destruição da área em produção, como ocorreu no caso do Projeto Pontal, em Petrolina. Para o senhor Cícero Alves de Souza, coordenador do acampamento, o momento é de resistência e de diálogo com os poderes competentes para que seja evitado confrontos e para que as  famílias sejam mantidas no local, pois estão amparadas em função do papel social da terra.

Para os ocupantes Gilvan Daniel e Givanildo Barros, o movimento quer ficar na terra e negociar para garantir a sustentabilidade das famílias, já que quando elas ocuparam área não existia nenhum tipo de estrutura.

Confira no videos os depoimentos:

 

 

 

Related Posts