Mesmo com o início da vacina, a UPAE/IMIP de Petrolina alerta sobre a importância dos cuidados com a saúde mental na pandemia

Por Ricardo Banana
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Artigos científicos divulgados recentemente vêm discutindo mais um impacto causado pela pandemia da Covid-19: a chamada “coronophobia” (tradução livre para o português como “coronofobia”). O termo vem sendo usado para designar o medo, a preocupação e a ansiedade de contrair o Covid-19, referindo-se também ao impacto psicológico e aos prejuízos funcionais provocados nas pessoas por esta doença.

Mesmo após mais de um ano dos primeiros casos do coronavírus terem surgido, as questões psicológicas mais comuns ainda estão relacionadas ao medo da morte ou de ficar gravemente doente, de contaminar os outros e das repercussões econômicas envolvidas.

A adoção de novos hábitos e a chegada do “novo normal” também tem contribuído para a intensificação das emoções. Os quadros associados são ansiedade (incluindo pânico e ansiedade generalizada), depressão, angústia, comportamentos obsessivos, acumulação, paranoia, sensação de desesperança, ideação suicida e atos consumados de suicídio.

A psicóloga da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP), Tatyana Torres, explica melhor. “A ameaça biológica, junto a incapacidade do sistema imunológico de proteger o corpo, fatores psicossociais, estados emocionais instáveis e o luto, somados podem desencadear crises e adoecimento psíquico. Por isso, nunca foi tão importante falar sobre o tema”, justifica.

Frente a uma pandemia e/ou isolamento social, sentimentos de impotência e desesperança, ansiedade, humor deprimido e estresse podem ser frequentes. Apesar do início da vacinação no Brasil, ainda vão demorar meses para se alcançar a tão falada imunização de rebanho. “Vai demorar um tempo para sairmos de fato dessa sombra. Então até lá é preciso continuar com os cuidados básicos e reforçar a atenção com a relação à saúde mental”, finaliza.

Algumas dicas importantes:

1 – Cuidado com o consumo de informações.
2 – Crie uma rotina que inclua momentos de relaxamento.
3 – Mantenha-se conectado com as pessoas que gosta (mesmo que virtualmente).
4 – Tente fazer exercícios, mantenha uma dieta equilibrada, beba bastante água, evite o consumo de álcool, cigarro e outras drogas.
5 – Mantenha o ambiente de casa arejado e iluminado.
6 – Ao sinal de qualquer sintoma físico ou psicológico busque ajuda.

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