OBRA DE TRANSPOSIÇÃO TEVE SUPERFATURAMENTO, DIZ TCU

Por Ricardo Banana
A+A-
Reset

imagem1O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou esta semana um superfaturamento de R$ 42 milhões na construção de um canal de 112,5 quilômetros de extensão das obras da transposição do rio São Francisco. O montante representa 4,7% dos R$ 895 milhões do valor do projeto, que cruza 13 municípios da Paraíba. Ao todo, as obras da transposição, cruzando os estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, estão orçadas em R$ 8,5 bilhões, e apresentam 63% de execução. Cerca de 400 municípios nordestinos serão beneficiados.

De acordo com o relator do processo, o ministro do TCU Bruno Dantas, parte das exigências do edital prejudicou a competitividade. “Assim, as empresas que se sagraram vencedoras apresentaram descontos inferiores a 1%”, afirmou Dantas, em seu voto.

A obra foi dividida em três lotes. As empresas Carioca Christiani-Nielsen Engenharia, a S/A Paulista de Construções e Comércio e a Serveng-Civilsan arremataram o primeiro trecho, com uma proposta de R$ 203 milhões.

Os outros dois lotes ficaram sob responsabilidade do consórcio Acauã, formado pelas empresas Construtora Queiroz Galvão, Via Engenharia, Construtora Marquise e Construtora Galvão Engenharia, que ganharão cerca de R$ 690 milhões para executá-los.

Queiroz Galvão e Galvão Engenharia são as mesmas empresas investigadas na operação Lava Jato, que apura desvios de recursos públicos envolvendo políticos, empreiteiras e a Petrobras. Pelo menos R$ 10 bilhões teriam sido investigados, segundo a Polícia Federal.

Conforme o TCU, no primeiro lote houve superfaturamento de R$ 4 milhões, 1,2% do orçamento deste trecho; R$ 27 milhões no segundo (8,5%) e R$ 11,3 milhões no terceiro (6%).

Além de possível superfaturamento, o TCU encontrou irregularidades na licitação da Secretaria de Meio Ambiente da Paraíba, em 2010. A pasta não aprovou os projetos básicos apresentados pelas empreiteiras, conforme o tribunal.

O tribunal estabeleceu prazo de 15 dias para o governo da Paraíba adotar providências, acabar com os sobrepreços e discutir a possibilidade de fazer alterações nos contratos e nos aditivos já firmados. Os consórcios questionaram parte da metodologia adotada pelos técnicos do tribunal e alegaram que já foram feitas revisões nos orçamentos, reduzindo o sobrepreços apontado. (PE 247)

Blog do Banana

Related Posts

3 comentários

Ze luis Ricardo 28 de fevereiro de 2015 - 14:49

A planilha do Sr. Youssef, em questão, já está publicada no Jornal O Estado de São Paulo, a empresa Serveng Civilsan, é citada na planilha com o valor de R$ 583.000.000,00. Que vergonha!!!!!! Pelo que sei a refinaria “fantasma” Premium I da Petrobrás, localizada em Bacabeira/ São Luiz do Maranhão, deveria ter sido construída pelo valor de R$ 1,5 bilhão, o que dá aproximadamente R$ 500 milhões para cada empreiteira, já que são as 3 empreiteiras envolvidas no consórcio GSF – Galvão Engenharia, Serveng e Fidens. Roubo e Desvio de dinheiro público na Cara Larga!!!!
E esse dinheiro todo, para onde foi, será que está nos bolsos dos donos dessas empreiteiras?????
Essa refinaria em Bacabeira está apenas na fase de terraplanagem, e o dinheiro bilionário certamente já foi para o bolso dos donos desse consórcio de empreiteiras. Que seja confiscado o valor de R$ 583 milhões do “dono” da Serveng Civilsan! o dono da Serveng é o Thadeu Penido.

Juiz Doutor Sérgio Moro, por favor investigue. Cadeia para todos esses calhordas donos de empreiteiras, que apodreçam na Cadeia, que é o lugar de ladrão. Tomara que quebrem mesmo as empreiteiras, estou torcendo por isso! Vamos passar o país a limpo, a população do “gigante” acordou! Até que enfim!!!

Responder
Marcos Antonio 23 de novembro de 2014 - 14:32

Isso é mais real que dois e dois são quatro.

Responder
Joao 22 de novembro de 2014 - 21:52

Novidade isso, kkkkk, ate o mais desinformado já sabia disso, o valor desta obra mudava da noite pra o dia e sempre pra mais.

Responder

Deixe um comentário