Passeata de policiais civis complica trânsito no Centro do Recife

Por Ricardo Banana
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Uma passeata realizada por policiais civis provocou retenções no tráfego, no Centro da capital pernambucana, na tarde desta terça-feira (10). De acordo com a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), os manifestantes foram escoltados por motos de batedores.

Os policiais civis convocaram a manifestação por causa da campanha salarial anual. A categoria informou que existe a possibilidade de entregar as cotas do Programa de Jornadas Extras de Segurança (PJES) em outubro, caso as reivindicações não sejam atendidas.

Com esse programa, os policiais trabalham em turnos foram do horário normal de expediente, reforçando as ações em delegacias.

A passeata teve início por volta das 16h30, em Santo Amaro. Por volta das 17h30, os manifestantes seguiram pela Avenida Cruz Cabugá, alterando o trânsito no sentido Centro, segundo a CTTU.

A manifestação terminou no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, no bairro de Santo Antônio, no início da noite. Lá, uma comissão entregou um documento contendo as principais reivindicações.

Os policiais dizem que a campanha salarial de 2019 está baseada no pedido de correção de remuneração. A categoria informou que houve aumento de carga horária, mas sem “as devidas compensações salariais” .

“Esperamos que o governo se sensibilize com as nossas reivindicações”, afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Áureo Cisneyros.

Negociação

Por meio de nota, o governo informou que representantes da Casa Civil e da Secretaria de Defesa Social (SDS) receberam lideranças do sindicato.

Ainda segundo a nota, ficou definido que, até o final do mês, será agendada uma nova rodada de negociações para avaliação das propostas da categoria.

Na nota, a Polícia Civil de Pernambuco avaliou como “precipitada” a passeata promovida pelo Sinpol. A corporação considera que o canal de diálogo está aberto com a diretoria da entidade.

A polícia ressaltou, ainda, os “significativos investimentos feitos pelo governo para melhoria das condições de trabalho, valorização profissional e ampliação do efetivo”.

No texto, a polícia informou que, em 2018, 850 policiais civis, aprovados em concurso, foram convocados, além de 700 agentes aposentados que foram contratados para atuar em trabalhos administrativos, liberando pessoal da ativa para as investigações e diligências.

Ainda de acordo com a polícia, isso significa, no total, 1.361 profissionais a mais para a corporação, “não apenas reduzindo a sobrecarga, mas aumentando a segurança para os cidadãos”. (G1)

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