Petrolina foi um grande palco para dança com circuito na periferia

Por Ricardo Banana
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Depois de passar por quatro bairros da cidade, o ‘1º Circuito de Dança na Periferia de Petrolina-PE’ finalizou sua programação. Durante mais de dez meses, a cidade recebeu trabalhos de dança por toda parte, em diversos formatos. Ao todo, foram oito apresentações de espetáculos, 12 oficinas, quatro mostras pedagógicas e milhares de pessoas impactadas pela arte do movimento.

O Bairro João de Deus foi a quarta comunidade a sediar o circuito, com atividades na Escola Jesuíno Antônio D’Ávila. Onde, na última sexta (17) pela tarde, a quadra de esportes recebeu o encerramento do projeto. Os alunos assistiram ao espetáculo ‘Cordear’ do Coletivo Trippé e a uma mostra pedagógica das oficinas realizadas durante a semana.

Experimentar a dança em oficinas, além de assistir aos espetáculos permite que os jovens das periferias expressem seus pensamentos através do corpo. A estudante Maria Vitória, 15 anos, foi uma das que participou das aulas oferecidas pelos integrantes da Cia. Balançarte. Por ser tímida, disse que foi um desafio se apresentar para toda a escola.

“Foi muito legal. A gente conseguiu falar do nosso corpo abertamente, ficar amigos. É muito importante para mostrar para as pessoas que todo mundo pode dançar. A gente dançando agora, foi uma crítica, mas a gente também consegue mostrar a alegria na dança”, falou sobre a experiência.

Esse projeto reafirmou a postura da Cia. Balançarte, realizadora do projeto, em fomentar atividades na periferia da cidade, lugar de onde surgiu em 2006. A companhia já foi sediada em alguns desses bairros, onde criou seus primeiros espetáculos. “São esses nossos espaços de atuação e, enquanto ação de descentralização do fazer artístico, podendo ser acessado dentro da própria comunidade, é que optamos pela periferia para realização”, afirma Marcos Aurélio, coordenador do projeto e diretor da Balançarte.

Em seus ciclos de atividades, além do Bairro João de Deus, o circuito já havia passado pelo Fernando Idalino (agosto a outubro), José e Maria (novembro e dezembro) e no Rio Corrente (fevereiro e março). Os grupos parceiros que se apresentaram foram a Cia. de Dança do Sesc Petrolina, a Confraria 27, o Coletivo Trippé, a Cleybson Lima Produções, o Coletivo Incomum, o  H2Om Crew, e a própria Cia. Balançarte, realizadora do projeto.

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