Questões religiosas impedem alguns feras de fazer Enem no horário determinado

Por Ricardo Banana
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Se para a maioria dos 5,7 milhões de candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para o próximo fim de semana, os dois dias de provas são encarados como uma maratona que exige preparo físico (além do intelectual), para um grupo de 85.662 estudantes de todo o País o desafio é ainda maior. São os sabatistas que, por questões religiosas, não trabalham nem estudam do pôr do sol da sexta-feira ao pôr do sol do sábado. Eles chegarão aos locais do exame, no primeiro dia, no mesmo horário que os demais participantes, ao meio-dia (em Pernambuco). Mas só vão começar o teste seis horas depois, às 18h, terminando às 22h30.

Fazem parte dos sabatistas os adventistas e os judeus ortodoxos. A determinação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, é que esses candidatos ficarão reclusos até a hora prevista para início da avaliação. Não poderão consultar livros nem manuais. É permitido que levem apenas a bíblia. Também podem conduzir alimentos, uma vez que permanecerão bastante tempo nos locais de provas.

No Colégio Adventista do Arruda, na Zona Norte do Recife, 23 alunos do 3º ano do ensino médio estão inscritos no Enem. Mas nem todos farão a avaliação no horário especial. Apenas aqueles que seguem a religião, como é o caso de André Gustavo Maurício, Brennda Lima e Stefany Feitosa, todos com 17 anos, que pediram atendimento diferenciado por serem sabatistas.

““Não estou preocupada com o cansaço, pois acredito que Deus vai me ajudar. Uma tia minha fará prova na mesma sala que eu. Será bom porque faremos companhia uma a outra””, diz Brennda, candidata ao curso de zootecnia na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). O único meio de ingressar na Rural é participar do Enem e depois concorrer às vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Fonte: JC Online

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