SISTEMA ECOLÓGICO DE QUEIMAR ESPINHOS DE XIQUE-XIQUE E MANDACARU

Por Ricardo Banana
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O produtor Luiz Pedreira e o técnico Carmelo da Costa conceberam um modelo de fogão bem vantajoso para os que precisam manter seus animais nesta terrível seca utilizando como alimento o mandacaru e o xique-xique.

Nós sabemos que a prática do aproveitamento destas espécies vegetais super resistentes aos fenômenos climáticos, remontam centenas de anos, mas, continua sendo praticada da mesma forma – isto é: a sua queima convencional, mesmo exigindo uma mão-de-obra estafante e muita lenha, tende a comprometer a futura safra vegetal, não atende a demanda em termos volumétricos, pois resulta em um material de baixa qualidade – carbonizado, desidratado e de pouca palatabilidade para o ruminante.

Nota: Em apenas 40 segundos, uma haste com 60 cm de xique-xique ou mandacaru, estará beneficiada para o consumo.

A queima do produto em fornos de tijolos ou com maçaricos a gás GLP melhora o seu aproveitamento, porém, são estruturas caras que exigem altos recursos para se implantar e manter, além de pessoas hábeis na execução do trabalho. O pior é que muitos não têm como se valer desses recursos e aqueles que podem, têm a certeza que todo esse aparato investido ficará fadado ao descarte quando terminar a seca, porque são dispositivos de uso específico. Aliando estes fatores ao aspecto urgência, apresentamos algo prático que minimizará todos os problemas apresentados, pois se o maior problema de se usar o xique-xique e mandacaru como alimento são seus espinhos, aplicamos ao nosso aparelho alguns recursos da física que nos livram deles.

1 – Para o usuário – O FOGÃO ECO MULTIUSO por ser portátil e leve, poderá ser levado para o local de corte e processamento do produto. Consome pouca lenha ou gravetos, em função da combustão ser em sistema fechado direcionada aos espinhos da planta. Por conta disso, o operador não será surpreendido nem por muita fumaça e nem por calor excessivo ao longo de uma operação de baixíssimo custo. O que é melhor: Quando a seca acabar, o fogão servirá para preparar comida em qualquer lugar da roça.

2 – Para o eco-sistema – Utilizando o corte pontual (hastes tenras, em média com 60 centímetros), não se compromete a sobrevivência da planta. Queimando-se essas hastes com pouca lenha, minimiza-se a poluição e, por ser pouca e de baixa intensidade a combustão, o risco de incêndios acidentais será evitado, pois, o fogo será extinto tão logo termine o trabalho.

3 – Para o animal – Estudos químicos e bromatológicos revelam que estes cactos são boas fontes de volumosos para períodos críticos. Daí, ofertar um produto com propriedades preservadas ao animal carente é garantir a volta de vacas gordas quando a crise passar.

Para os sindicatos rurais, Prefeituras Municipais e órgãos que visam simultaneamente minimizar a situação atual preservando a caatinga, o endereço eletrônico é: sluispedreira@yahoo.com.br ou pelo Fone: (87) 9932-5565.

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1 comentário

jarbas 9 de janeiro de 2013 - 10:29

ótima idéia, parabéns aos invetores, mostram que não precisam altos gastos publicos para resolver alguns problemas realmente sérios em nossa sociedade.

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