De aliadas de primeira hora para rivais políticas, assim poderia ser resumida a atual relação entre a pré-candidata a senadora da Frente Popular, Teresa Leitão (PT) e a pré-candidata a governadora de Pernambuco, Marília Arraes (SD). Enquanto eram do Partido dos Trabalhadores, as parlamentares caminhavam juntas defendendo as mesmas pautas e bandeiras. Agora, em palanques opostos, começaram os ataques entre si.
Em evento realizado no município de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, Teresa argumentou (sem citar nomes) que a aliança liderada por Marília era um “ajuntamento” de pessoas ressentidas por não terem obtido seus objetivos pessoais na Frente Popular. Evento foi realizado na última segunda-feira (11).
Em seu discurso, Teresa falou: “essa aliança (PT/PSB) que foi feita em nível nacional e se repete em vários estados do Brasil não é uma aliança qualquer, não é um ‘ajuntamento’ de conveniências, não é o ‘ajuntamento’ de ressentidos, não é um ‘ajuntamento’ porque eu queria e não tive. Essa é uma aliança estratégica para tirar Bolsonaro do governo”.
Até então sem uma figura feminina na chapa majoritária estadual para bater de frente com a pré-candidata do Solidariedade, sobrou para Teresa a missão de ser a pessoa do palanque liderado por Danilo Cabral (PSB) a destacar os pontos negativos de Marília. A estratégia funcionou no último pleito municipal, de 2020, quando Marília (até então no PT) disputou contra o atual prefeito do Recife, João Campos (PSB).
(Alberes Xavier).