Os centros de formação de condutores, as autoescolas, estão se preparando para oferecer aulas em simuladores de trânsito, obrigatórias em Pernambuco para quem quiser tirar a carteira de motorista a partir de maio deste ano. Com a medida, a retirada da habilitação deve ficar mais cara.
Existem três modelos de simulador à venda para as autoescolas. Um dos modelos, visto pela equipe do NETV 2ª edição, custa cerca de R$ 40 mil e é como um carro comum, tem freio de mão, câmbio, pedais e painel com os mesmos comandos.
Os proprietários dos centros de formação de condutores já começam a se organizar. A lei permite que até cinco autoescolas se juntem para comprar um equipamento. “Vão ter aquelas escolas que vão comprar individual, outras vão comprar coletivamente e dividir o horário”, aponta Jorge Viana, da comissão de compra de simuladores.
As taxas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE) vão continuar com o mesmo valor, mas as autoescolas devem reajustar os preços por causa das aulas no simulador. “O futuro condutor terá que validar a digital antes do início e ao final da aula, a sala será devidamente monitorada. Tudo isso vai ser monitorado em tempo real para garantir a frequência”, explica a diretora de Operações do Detran, Amanda Machado.
Cada aluno deve fazer cinco aulas de 30 minutos no simulador. Esse é o número obrigatório, mas nada impede que ele faça aulas extras caso não esteja seguro para ir para a rua. “Aquele medo inicial do aluno de bater, colidir, atropelar alguém na rua é resolvido com o simulador. Ele só vai para a rua quando tiver confiança, não confundir mais os pedais”, afirma o proprietário de um Centro de Formação de Condutor, Ygor Valença.
O aluno dirige por uma cidade criada por um programa de computador, que simula situações reais, como chuva, neblina e noite. O futuro motorista também pode andar na cidade, em uma rodovia, ou em uma estrada de terra. Na primeira aula, a estudante Juliana Ferreira já conseguiu dirigir. “Para quem está pegando a primeira vez, é um pouco difícil, depois você vai pegando a prática”, acredita Juliana. (G1)
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