PE é o primeiro a receber audiência da CPMI sobre violência contra a mulher

Por Ricardo Banana
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra a mulher no Brasil vai se reunir na manhã desta segunda-feira (16), no Recife. A programação começa com uma reunião com militantes dos movimentos de mulheres em Pernambuco, na sede do SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia, no bairro da Madalena. O estado também será o primeiro do Brasil a receber uma audiência pública sobre o assunto, que acontece às 14h, na Assembleia Legislativa (Alepe).

A CPMI irá ainda se reunir com o prefeito do Recife, João da Costa, e o governador Eduardo Campos. Segundo a senadora Ana Rita Esgário, do PT do Espírito Santo, os trabalhos começam por Pernambuco porque a região Nordeste foi a escolhida para iniciar as atividades e porque o estado é considerado um dos dez que mais registra homicídios contra as mulheres.

A senadora, em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta segunda, explicou qual a contribuição que essa comissão pode dar para diminuir os casos de agressões. “As mulheres que são vítimas devem procurar os mecanismos já instituídos, as delegacias especializadas, e fazer a denúncia. O que buscamos na audiência é saber como é que o estado brasileiro está atendendo a vítima”, falou Ana Rita.

O debate visa investigar como cada unidade da federação se comporta no atendimento. “Nós já apresentamos um plano de trabalho, já realizamos audiência pública no Senado Federal e encaminhamos para todos os estados pedidos de informações a respeito de como está o atendimento à mulher vítima de violência”, contou Ana Rita. Para denunciar as situações violentas, a vítima deve continuar procurando as delegacias especializadas, ligando para o Disk 180.

Ao fim das visitas aos estados, a comissão vai construir um relatório apontando os problemas e sugerindo o que fazer para superar as dificuldades. “A CPMI se propõe a apurar como a instituição pública brasileira, seja o poder judiciário, executivo, o Ministério Público ou defensorias, está atendendo as mulheres vítimas de violência. Essa é a contribuição ao final dos trabalhos […] Os mecanismos precisam ser implementados em todos os estados brasileiros”, concluiu a senadora.

 Fonte: G! PE

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