Reunião na Univasf discute a reabertura da Ilha do Fogo à população

Por Ricardo Banana
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A reunião aconteceu na tarde desta terça-feira (04) e foi mediada pelo professor Wagner Félix, pró-reitor de extensão adjunto da Univasf. Participaram das discussões representantes das prefeituras de Juazeiro e de Petrolina, da Câmara de Vereadores de Petrolina, da Codevasf de Juazeiro e do Coletivo “Amigos da Ilha”, além da técnica da Superintendência de Patrimônio da União em Pernambuco (SPU/PE), Juliane Figueiredo.

O professor Wagner abriu as falas anunciando que a Chesf sinalizou positivamente para ser parceira do projeto de construção do Memorial do Ribeirinho na Ilha do Fogo. “Essa é uma excelente notícia do ponto de vista da viabilidade financeira do projeto. Agora precisamos somar forças com todos os órgãos e entidades envolvidas na defesa da utilização pública da ilha para que possamos conseguir a concessão de uso daquele importante espaço de lazer”.

O chefe de gabinete da Prefeitura de Juazeiro, Rossevelt Duarte, enfatizou que o executivo municipal não medirá esforços para que a ilha volte a beneficiar a população. “O Governador também já está ciente e vamos mover todas as vias políticas e jurídicas a fim de que esse importante patrimônio turístico e cultural seja novamente de uso da população das duas cidades”.

Rossevelt Duarte também lembrou que antes as prefeituras de Juazeiro e de Petrolina estavam impedidas de fazer grandes intervenções na ilha porque não tinham a concessão legal de posse. “Mesmo assim a Prefeitura de Juazeiro assumiu a responsabilidade pela limpeza do local. O fato é que queremos a ilha de volta para administrá-la em parceria com Petrolina, algo que não foi feito antes porque a SPU não havia dado a autorização”, explicou.

Também presente na reunião, a arquiteta da Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Juazeiro (Sedur), Andrezza Kaline, informou que está sendo finalizado um projeto urbanístico e paisagístico para ser integrado ao projeto do Memorial do Ribeirinho. Já a técnica da Superintendência de Patrimônio da União (SPU), Juliane Figueiredo, esclareceu que a ocupação do Exército não foi feita por decisão judicial, mas por um ato administrativo da SPU.

Segundo Juliane, “a ação judicial da União foi contra a ocupação irregular do espaço onde funcionava o bar”. Representando os poderes executivo e legislativo de Petrolina, a secretária de turismo Nadja Batista e a presidente da Câmara, a vereadora Maria Helena, endossaram o compromisso de parceria entre as duas cidades para a administração da ilha.

Um dos coordenadores do Coletivo “Amigos da Ilha”, Ênio Silva mostrou-se preocupado com o aparato instalado pelo Exército. “Nada nos leva a crer que toda essa estrutura montada seja para eles ficarem por pouco tempo. Mas nós não vamos desistir dessa luta e se preciso for recorreremos ao Supremo Tribunal Federal”, garantiu.

Ao término da reunião foi criado um grupo de trabalho com membros dos órgãos e entidades envolvidas para fazer os encaminhamentos de formatação dos projetos e entrada do pedido de concessão de posse da Ilha do Fogo. O GT se reunirá na próxima terça-feira (11), às 15h, novamente no prédio da Reitoria da Univasf, em Petrolina.

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5 comentários

ailton rodrigues de souza 6 de setembro de 2012 - 19:43

FUI SERVIDOR DA EXTINTA FRANAVE QUE FUNCIONAVA NA ILHA DO FOGO. DEPOIS QUE NÓS SERVIDORES FOMOS DEMITIDOS POR ORDENS DO ANTE-SEMITA E EX PARA NUNCA MAIS VOLTAR PRESIDENTE LULA, FALAVAM-SE MUITO EM CRIAR NAQUELE ESPAÇO UM MUSEU DO SÃO FRANCISCO ONDE A CODEVASF JÁ DISPONIBILIZAVA DO PROJETO E DO DINHEIRO.
AGORA PERGUNTO: E ISSO ACONTECEU.

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Lucas 6 de setembro de 2012 - 13:43

Só falta combinar com a Justiça Federal e o Exército.

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Funes 6 de setembro de 2012 - 13:30

Mas…O comandante não disse que era uma sentença? E aí?

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jose 6 de setembro de 2012 - 11:43

PARABÉNS PROFESSOR WAGNER. AGORA É PRECISO ORGANIZAR AQUELE TÃO BELO ESPAÇO TURÍSTICO, QUE POSSA SER UTILIZADO COMO LAZER PRINCIPALMENTE PELAS FAMÍLIAS E PESSOAS DE BEM, PARA ISSO É PRECISO GARANTIR SEGURANÇA ATRAVÉS DA PRESENÇA CONSTANTE DAS POLÍCIAS MILITARES DOS DOIS ESTADOS E GUARDAS MUNICIPAIS. O QUE NÃO PODE OCORRER É VOLTAR O QUE ERA ANTES UM LOCAL PERIGOSO, EM QUE AS PESSOAS DE BEM NÃO PODIAM FREQUENTAR, POIS A ILHA DO FOGO SEMPRE FOI UTILIZADA POR TRAFICANTES E CONSUMIDORES DE DROGAS E POR MAGINAIS. PRECISAMOS TIRAR ESSA MÁ FAMA DA ILHA DO FOGO, REVITALIZANDO, INSTALANDO RESTAURANTES PARA AS PESSOAS COMEREM NO FINAL DE SEMANA E APROVEITANDO AQUELA MARAVILHOSA VISTA NATURAL.

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Na cola 6 de setembro de 2012 - 11:20

Esta é a desvantagem do serviço público. Demora um pouco a iniciar qualquer coisa, exceto as aulas por conta de um planejamento. Todavia, para as ações mais sociais, o público é mais recomendado do que o privado.

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