Espaço do leitor: uma carrada de doce!

Por Ricardo Banana
A+A-
Reset

imagemTodos nós gostamos de receber presentes, não importa o tamanho ou valor, o que importa é o gesto, o mimo, a atenção.

Ainda quando estudava em Recife, sempre levava barras de doce do Caboclo e às vezes em formas tradicionais de lá: galinha, leitoa, peixe e coração. Lembro-me que uma das tantas vezes dei a um amigo professor uma galinha de doce e não me preocupei em dizer que era doce. Depois de duas semanas, estando novamente no escritório do mesmo, vi o presente enfeitando a estante e então o indaguei: – Não gosta de doce e leite? Não vai comê-lo?. Aí foi uma risada gostosa, ele dizendo que pensava ser uma peça de artesanato em barro claro!

Outra vez, servi no meu apartamento generosas fatias do doce mais famoso…

E no dia seguinte o publicitário Ivanildo Holanda, me enviou um belo texto por fax, (ainda não tínhamos internet), quando vi, pensei que fosse uma daquelas correntes que prometia ficar rico de uma hora para outra, ai calmamente fui lendo a “Doce Mitologia”, banquete dos deuses do olimpo, e vibrei… 15 anos mais tarde publiquei no livro “Caboclo Marcas do Tempo, Retratos de uma Vila”…

E o doce continua fazendo sucesso e até polêmicas, imagine que uma Doutora de um Órgão Estadual, chegou a dizer a barbárie de que fazer doce de leite lá em Afrânio sem o “SIC” era crime! Nunca vi dizer que alguém tivesse morrido por comer um delicioso pedaço de doce! Em plena seca o único ganho de sobrevivência das famílias carentes de lá é uma pequena renda doméstica fazendo doce de leite. Talvez o melhor caminho não fosse esse comportamento algoz e autoritário, mas a orientação e instrução possibilitando a adequação do ambiente, sem ter esse chocante pronunciamento público com as pessoas de boa vontade convocadas para uma reunião com esse abusivo comportamento.

Desde a fundação da CRC, sempre presenteei amigos com barras do delicioso doce de leite do Caboclo! Se fosse contar nesses 20 anos de existência da nossa ONG, daria para encher uma CARADA DE DOCE!

Melhor será dizer “sim ao Caboclo” e adquirir o Livro com pinturas e textos na Tenda ou nos postos de vendas, ajudando assim o Museu Pai Chico na sua requalificação dos seus 12 anos de existência!

Cosme José Cavalcanti Ramos

Blog do Banana

Related Posts

Deixe um comentário